quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Mostra Tão longe, tão perto abre as portas nesta quarta-feira


As imagens de satélite saem do espaço e passam a mostrar o Brasil, Brasília e o Museu Nacional da República. Tudo para situar o visitante da exposição Tão longe, tão perto. Aberta a partir desta quarta-feira, a mostra delineia a trajetória da comunicação por meio de fotos, objetos e interação. A exposição permanece aberta até o dia 4 de outubro. “Já no começo, as pessoas poderão imergir no tema de uma maneira diferente. Ao apertar um botão, sons de tambores de Gana anunciam boas vindas”, antecipa o curador Peter Schulz.

O passeio pela história da comunicação continua com a linha do tempo, construída com invenções, telefones antigos e dados interessantes, como o ano 1969. Além de ser o marco da chegada do homem à lua, a data registra o primeiro experimento feito com sucesso em computadores conectados em rede. Era o surgimento da internet. “Mas de uma totalmente diferente da que conhecemos hoje”, lembra Schulz. “Antigamente a conexão de informações era algo muito restrito. O usuário possuía poucas opções e não interagia como fazemos hoje”, completa. No Núcleo de arte e cultura popular de Tão longe, tão perto, o visitante viajará pela Poesia Concreta, pelo cordel e por outras manifestações sem imaginar que tudo é comunicação.

Como a história das cabines telefônicas, um charme à parte na exposição. Distribuídas pelo local, elas explicam detalhes pouco notados pela maioria. As famosas cabines inglesas não fizeram sucesso no Brasil por serem usadas de maneira inadequada e por terem sido objeto de ação de vândalos. Já no espaço dedicado à comunicação e educação, serão lembradas as profissões que surgiram com as novas tecnologias (telefonistas, operadores, técnicos).

Todas as tribos têm um lugar especial na mostra. Para quem gosta de música, fones de ouvido, pendurados por um fio, tocam canções de Carmen Miranda, Gilberto Gil e Jota Quest, também para falar de comunicação. Por meio de brincadeiras, a garotada entenderá o funcionamento do “telefone sem fio” e de uma central telefônica com tubos de plásticos coloridos. A parte que talvez mais chame atenção é o Telebits. O espaço audiovisual criado por Giselle Beiguelman e Rafael Marchetti terá a participação do público que, por terminais espalhados pelo museu, ou até mesmo de casa, enviará imagens e textos inseridos nas temáticas abordadas, durante a mostra. Após passar por uma mediação, o material será exibido em um telão projetado no teto ou poderá ser acessado por celulares, por meio de QR Code

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